segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ceará terá mais 33 eólicas e vai gerar cerca de 1.500 MW

Nos próximos anos, Estado terá quase três vezes
mais parques que atualmente.
Novo leilão trará ainda mais projetos.
O Ceará detém o maior potencial de geração de energia dos ventos do País, e isso com apenas 17 parques eólicos em operação. Mas até 2016, o litoral e até região serrana do Estado devem transformar-se em um paredão de aerogeradores para a produção de energia limpa. Nos próximos anos, serão construídos por aqui, pelo menos, mais 33 empreendimentos, os quais já foram outorgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, a quantidades de usinas no território cearense será quase triplicado.

A capacidade de geração de energia elétrica, que atualmente é de cerca de 521MW (mega-watts), ganhará mais 1000 MW com o início da operação dos novos projetos. Alguns deles terão capacidade de produzir sozinhos cerca de 45% do potencial atual. É o caso do parque eólico Maceió, que ficará localizado em Itapipoca, a 130 quilômetros de Fortaleza. A usina terá o poder de gerar 235,8 MW, o suficiente para iluminar uma cidade com mais de 200 mil habitantes. Outro grande empreendimento a chegar ao Ceará será o Eólio-Elétrica São Gonçalo (60 MW), o qual ficará encravado no município de São Gonçalo do Amarante.

Atração garantida

Para Adão Linhares, presidente da Câmara Setorial da Energia Eólica do Ceará, mesmo com a força com que Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte têm entrado na disputa por parques eólicos, nos leilões de energia, o Ceará manterá seu potencial e continuará atraindo projetos. "O potencial de geração eólica no Ceará e no Nordeste, destacando ainda a entrada do interior da Bahia, como a Chapada da Diamantina; continuará sendo o mesmo", garante.

Entretanto, ele alerta que para conseguir novos empreendimentos, não basta apenas ter ventos e um vasto litoral, características inerentes ao Estado. É preciso ainda existir um ambiente de estímulos para que o investidor tenha interesse em vir para cá com o mínimo de riscos possíveis. "Existem gargalos, mas o investidor precisa ver o Ceará como um potencial de menor risco, com menos burocracia. Também depende de o governo demonstrar um posicionamento maior de atratividade do que o existente", opina Adão Linhares.

Estímulos 

Para ele, no intuito de chamar a atenção dos investidores, é essencial ainda que o Estado facilite a parte de infraestrutura para a instalação dos parques e indústrias, com o objetivo de formar uma cadeia de produção de equipamentos eólicos, aproveitando a logística do Porto do Pecém. "Também precisa melhorar os acessos na parte viária, para dar conta dos pesados carregamentos", sugere.

A quantidade de empreendimentos a serem construídos deve crescer ainda mais no fim deste ano, quando será realizado mais um leilão de energia. A Empresa de Pesquisa Energética recebeu 377 inscrições, 60 delas de eólicas que podem vir a ser instaladas no Ceará.

Gigante dos ventos 

521 mega-watts, aproximadamente, é a capacidade de produção de energia eólica no Ceará atualmente. Este número deve crescer em 1.000 MW até 2015.



Fonte: Diego Borges, Diário do Nordeste. 

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