quarta-feira, 13 de julho de 2011

Universidade brasileira constrói prédio sustentável

A Universidade Federal do Paraná começou a construção de um novo prédio no seu campus, que tem já a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), revelou o blog Atitude Sustentável. O selo, do Green Building Council, exige que um empreendimento reúna pelo menos 40 pontos dos 110 possíveis, nos critérios de Materiais e Recursos, Energia e Atmosfera, Espaço Sustentável – Site, Qualidade Ambiental Interna e Uso Racional de Água.


A obra, que deverá ter, no mínimo, 50 pontos, será o novo prédio dos Laboratórios Integrados de Genética Humana, em Curitiba, e prova que o bom planeamento da construção é um grande passo para a sustentabilidade. A ideia é mostrar aos alunos, novas gerações, que não é preciso muito esforço para se ter em conta vários requisitos ambientais e, ao mesmo tempo, sensibilizá-los para a protecção do meio ambiente.

O prédio, que deverá estar concluído em Dezembro de 2012, apresenta soluções que reduzirão, em cerca de 25%, o consumo de energia e, em 60%, as despesas com a iluminação, quando comparado com um edifício da mesma dimensão. Além disso, as águas chamadas águas cinzentas, provenientes de pequenas operações sanitárias, como a lavagem das mãos, são usadas para a irrigação de plantas, que, por sua vez, estão estrategicamente posicionadas para conter o fluxo da água das chuvas ou enxurradas. Estas águas residuais são, posteriormente, reencaminhadas para o efluente sanitário, como é o caso, por exemplo, dos autoclismos.

O design interno do edifício será modular, o que permite que tudo seja modificado com maior flexibilidade sem a necessidade de novas obras tão cedo. As madeiras provêm de projectos de reflorestação e todos os materiais usados são renováveis e/ou reciclados. A energia solar é usada para aquecer a água e para a produção de água destilada, enquanto o telhado verde potencia o isolamento térmico da obra.


Mesmo durante a construção, foram tomadas medidas conscientes, para preservar, por exemplo, a limpeza das ruas das ruas vizinhas, ou a contratação de uma equipa que, a tempo inteiro, faz a gestão de resíduos. Além disso, a paisagem foi preservada e valorizada, sendo que o impacto sobre o terreno foi limitado ao mínimo. O objectivo é mostrar que, apesar de o sector da construção civil ser uma das actividades que mais impacto negativo gera no meio ambiente, é possível torná-lo mais sustentável.

Fonte: GreenSavers.

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