A Universidade Federal do Paraná começou a construção de um novo
prédio no seu campus, que tem já a certificação LEED (Leadership in
Energy and Environmental Design), revelou o blog Atitude Sustentável.
O selo, do Green Building Council, exige que um empreendimento reúna
pelo menos 40 pontos dos 110 possíveis, nos critérios de Materiais e
Recursos, Energia e Atmosfera, Espaço Sustentável – Site, Qualidade
Ambiental Interna e Uso Racional de Água.
A obra, que deverá ter, no mínimo, 50 pontos, será o novo prédio dos
Laboratórios Integrados de Genética Humana, em Curitiba, e prova que o
bom planeamento da construção é um grande passo para a sustentabilidade.
A ideia é mostrar aos alunos, novas gerações, que não é preciso muito
esforço para se ter em conta vários requisitos ambientais e, ao mesmo
tempo, sensibilizá-los para a protecção do meio ambiente.
O prédio, que deverá estar concluído em Dezembro de 2012, apresenta
soluções que reduzirão, em cerca de 25%, o consumo de energia e, em 60%,
as despesas com a iluminação, quando comparado com um edifício da mesma
dimensão. Além disso, as águas chamadas águas cinzentas, provenientes
de pequenas operações sanitárias, como a lavagem das mãos, são usadas
para a irrigação de plantas, que, por sua vez, estão estrategicamente
posicionadas para conter o fluxo da água das chuvas ou enxurradas. Estas
águas residuais são, posteriormente, reencaminhadas para o efluente
sanitário, como é o caso, por exemplo, dos autoclismos.
O design interno do edifício será modular, o que permite que tudo
seja modificado com maior flexibilidade sem a necessidade de novas obras
tão cedo. As madeiras provêm de projectos de reflorestação e todos os
materiais usados são renováveis e/ou reciclados. A energia solar é usada
para aquecer a água e para a produção de água destilada, enquanto o
telhado verde potencia o isolamento térmico da obra.
Mesmo durante a construção, foram tomadas medidas conscientes, para
preservar, por exemplo, a limpeza das ruas das ruas vizinhas, ou a
contratação de uma equipa que, a tempo inteiro, faz a gestão de
resíduos. Além disso, a paisagem foi preservada e valorizada, sendo que o
impacto sobre o terreno foi limitado ao mínimo. O objectivo é mostrar
que, apesar de o sector da construção civil ser uma das actividades que
mais impacto negativo gera no meio ambiente, é possível torná-lo mais
sustentável.
Fonte: GreenSavers.
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