No período de nove meses, três mil árvores de várias espécies foram
plantadas nas calçadas das principais vias de Campo Grande. O plantio,
que começou em setembro de 2010, integra o projeto Via Verde - uma das
ações do Plano Diretor de Arborização da Capital. De acordo com a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano
(Semadur), existem 154 mil árvores plantadas nas áreas de calçada da
cidade.
O chefe da divisão de áreas verdes da secretaria, Orsival Simões
Júnior, explica que o principal objetivo do Via Verde é compensar a
perda ambiental causada por empresas que iniciam a construção de
empreendimentos em áreas que antes eram arborizadas. Desde o início do
projeto, cinco empresas já aderiram e plantaram três mil mudas. “É no
momento do licenciamento ambiental que é feito o acordo de compensação,
indicando quantas árvores são necessárias e onde as empresas vão
plantá-las”, explicou.
Até o momento, 14 ruas da Capital já foram beneficiadas com o plantio
das mudas. Orsival Júnior explica que é feito um estudo anterior para
verificar a viabilidade de plantação das espécies nos locais - a escolha
inicial foi pelas ruas de maior movimento de veículos. “As árvores
propiciam diversos benefícios à saúde e ao meio ambiente e o sequestro
de carbono solto pelo escapamentos dos carros é um deles”, afirma.
No estudo realizado pela Semadur, verifica-se a necessidade, a espécie
adequada, o tamanho da calçada, a presença de outras árvores e também a
aceitação dos moradores. “Temos uma conversa prévia com os donos dos
imóveis onde as árvores serão plantadas porque precisamos da parceria e
precisamos que o morador se comprometa a cuidar da planta”, diz Orsival
Júnior. Também é verificado se espécies já plantadas podem continuar no
local.
“Muitas vezes a espécie não é adequada e já visualizamos o manejo
sustentável. É por isso que há lugares em que há uma muda plantada
embaixo de uma já existente”. Orsival Júnior lembra que “infelizmente há
muito vandalismo e até 30% das espécies plantadas sofrem com isso”.
População
Algumas das mudas foram plantadas na avenida Presidente Getúlio Vargas, no bairro Santo Antônio. A reportagem flagrou o funileiro Armando Rios, 65 anos, em frente a um dos imóveis beneficiados regando as plantas. Ele não soube informar a espécie das árvores, mas alegremente destacou que “o que não é regado morre e se eles plantaram, temos que cuidar”.
População
Algumas das mudas foram plantadas na avenida Presidente Getúlio Vargas, no bairro Santo Antônio. A reportagem flagrou o funileiro Armando Rios, 65 anos, em frente a um dos imóveis beneficiados regando as plantas. Ele não soube informar a espécie das árvores, mas alegremente destacou que “o que não é regado morre e se eles plantaram, temos que cuidar”.
O funileiro ainda dá exemplo maior de cuidado, dizendo que recentemente
“vândalos” arrancaram os poucos galhos de uma das três árvores que ele
cuida. “Ele a deixou toda torta e eu fui e arrumei direitinho, amarrei o
caule porque precisamos dessas árvores”, disse.
De acordo com a Semadur, o plantio das mudas terá continuidade na
avenida Três Barras, na região urbana
do Córrego Bandeira, na avenida
dos Cafezais, no Anhanduizinho e na rua Albert Sabin, na região do
Lagoa.
O Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) de Campo Grande,
implantado em setembro de 2010, prevê diversas ações para organizar,
adequar e tratar das árvores da Capital. Sua aplicação está baseada em
lei e o prosseguimento das ações deverá ser feito por todos aqueles que
forem eleitos para administrar a cidade.
As metas do plano são a preservação da vegetação em córregos e fundos
de vale, canteiros centrais, em áreas institucionais, como escolas e
unidades de saúde, áreas de passeio públicas, educação ambiental,
preservação da arborização existente e produção de mudas no Viveiro
Municipal, que já possui 300 mil mudas de diversas espécies.
Os bairros com maior número de árvores na capital são o Aero Rancho,
Moreninhas, Jardim Centro-Oeste, Universitário e Nova Lima. Segundo a
Semadur, as condições das árvores em Campo Grande está assim dividida:
54% está satisfatório, 27% estão em boas condições, 14% estão em estado
ruim e 15% em condição considerada “complicada”.
Fonte: CorreiodoEstado.
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