segunda-feira, 27 de junho de 2011

Em 2011, desmate para plantio de soja na Amazônia cresceu 85%

Segundo um relatório de monitoramento que a indústria faz anualmente na Amazônia amazônica, divulgado pela Folha de S. Paulo, o desmatamento para plantação de soja na região cresceu 85% em 2011, na comparação com o ano anterior. Os indicadores apontam que o grão está voltando a ser uma fonte de pressão sobre a floresta, uma situação que tende a se agravar nos próximos anos com o preço aquecido no mercado internacional, a demanda chinesa e obras de infraestrutura planejadas para facilitar o escoamento da safra.

Segundo o relatório da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), a área desmatada para a produção de soja em 375 mil hectares, monitorados em 53 municípios por satélite e avião, foi de 11.653 hectares na safra 2010/2011. Em 2009/2010, ela era de 6.295 hectares, numa área monitorada 24% menor.

O número de áreas desmatadas maiores que 25 hectares ocupadas com soja, subiu de 76 no ano passado para 147 este ano, um aumento de 93%, o que fez com que várias ONGs passassem a se articular para exigir providências do governo para impedir tal avanço.

Os preços baixos do grão no mercado internacional e o efeito das pressões de ONG’s no passado têm segurado o avanço da produção sobre a floresta. Nos últimos dois anos, porém, o preço da soja voltou a ser atraente para os produtores, que voltaram a desmatar.

O temor pela repressão que pode vir com o Novo Código Florestal também influenciou o desmate neste ano, o que aumenta a quantidade de soja “suja” no mercado, misturada à soja considerada “legal”, o que naturalmente é ruim para o meio ambiente a economia brasileira de maneira geral.

Fonte: UaiMeioAmbiente.

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