As células solares possuem em sua composição metais tóxicos, como o cádmio e índio, utilizados para transformar o energia do sol em energia elétrica. Devido a esse fator, as células ameaçam a ideia de serem ecologicamente corretas. Outra problema vem dos resíduos originados durante a fabricação das placas solares, como o mercúrio e o cromo.
Pesquisadores da Universidade do Arizona em Tempe, EUA, desenvolveram uma técnica para calcular a quantidade de CO2 emitida durante a vida útil dos painéis solares. Foram levados em consideração itens como produção de equipamentos, gás utilizado e transporte das placas até as instalações finais.
De acordo com o pesquisador Pei Zhai e sua equipe, os resultados indicam que a cada quilowatt/hora de eletricidade produzida pelas células solares, são emitidos 32 gramas de CO2.
Este cenário vem se modificando, o número já foi reduzido pela metade desde a última década com a melhoria da tecnologia na fabricação do equipamento, porém, fatores como o transporte do maquinário ainda não foram considerados. Ainda sim, a projeção é apenas uma pequena fração do que é emitido pelo carvão, que polui cerca de 300 g/kWh.
Algumas empresas solares já estão oferecendo seus próprios esquemas de reciclagem. A First solar, com base em Tempe, Arizona, se oferece para retirar e reciclar todo telluride de cádmio das películas das células solares que produz. Em Bruxelas, na Bélgica, uma empresa está implantando um programa de reciclagem que deve entrar em funcionamento até 2015.
Para ajudar governos e companhias a planejar uma rede de reciclagem em larga escala, Jun-Ki Choi e seus colegas do Laboratório Nacional de Brookhaven, em Upton, Nova York, desenvolveram um modelo que calcula quantos centros devem haver em cada país ou região e onde eles devem ser localizados. A construção das instalações de reciclagem foi sugerida para reduzir os custos e distâncias de transportes.
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