O grupo de estudantes britânicos que desenvolveram o SRZero concluíram na última quinta-feira (18) a mais longa viagem a bordo de um carro elétrico. Eles partiram em julho de Fairbanks, no Alasca, e terminaram o roteiro em Ushuaia, na Argentina.
Os estudantes levaram 70 dias para percorrer 26 mil quilômetros, passando por 14 países de toda a América. O carro, transformado em modelo elétrico por eles mesmos, não emitiu poluente algum na atmosfera durante todo o trajeto.
David Howey, da universidade Imperial College London, aproveitou o sucesso da viagem para pressionar as pessoas que não acreditaram na eficiência do automóvel. “Havia muito ceticismo, de modo que agora estamos muito satisfeitos com o fato de que os críticos vão ter que engolir suas palavras”, comemorou.
O SRZero utiliza duas baterias recarregáveis de lítio-fosfato de ferro, que possibilitam ao veículo ir de 0 a 100 km/h em apenas sete segundos. Além disso, o modelo chega a velocidade máxima de 200 km/h. Como a equipe tem quatro aventureiros - três alemães e um holandês - e o carro suporta apenas dois, os integrantes se revezavam e parte se locomovia em um veículo de apoio.
O trajeto foi tranquilo e poucos contratempos marcaram a viagem. Perto do final da jornada o carro teve um pequeno curto-circuito, controlado rapidamente pela equipe, e no trecho entre Panamá e Colômbia, o carro foi transportado de barco, por causa de uma interrupção na rodovia Pan-Americana.
Após o longo período de trabalho, o alemão Toby Schulz comemorou o sucesso da empreitada. “O objetivo desta viagem foi provar que o carro elétrico também pode ser usado em trajetos longos, como parte dos cuidados com o meio ambiente. Foram dois anos de trabalho para transformar este sonho em realidade.”
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