Outro desafio é o aproveitamento do metabolismo da bactéria, já que ao ter toda sua energia utilizada não restaria o suficiente para os micróbios crescerem e reproduzirem. |
Anteriormente, a produção de hidrogênio com bactérias dependia também de fontes de energia externas, de fontes renováveis e combustíveis fósseis. Porém, os cientistas da Universidade da Pensilvânia desenvolveram um dispositivo sem esses tipos de energia externa. É um protótipo que contém duas câmaras, a primeira segurando a bactéria e seus nutrientes e a segunda com a água salgada onde o hidrogênio é produzido. Elas são separadas por cinco células empilhadas gerando cerca de 0,6 volts, permitindo a produção do gás enquanto as bactérias se alimentam de compostos de acetato.
O processo oferece a possibilidade de utilizar a matéria orgânica em águas residuais para gerar energia. Para cada 30 mililitros de solução de acetato de sódio fornecidos para as bactérias, o dispositivo gera entre 21 e 26 mililitros de gás de hidrogênio ao longo de um dia. Este é um pequeno volume, cerca de quatro vezes a quantidade de combustível em um isqueiro descartável, mas é suficiente para provar que o conceito de geração de hidrogênio funciona no laboratório. Embora o equipamento necessário para produzir o hidrogênio seja caro, o dispositivo não necessita de fonte externa de energia e, portanto, nenhum dos gases do efeito estufa são gerados durante o processo.
Fonte: Atitude Sustentável, Elis Jacques.
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