Avanços
significativos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
(ODM) foram feitos, ainda que a meta de cumprir todos os Objetivos até
2015 continue sendo um prazo desafiador, porque os países mais pobres do
mundo estão sendo deixados para trás, afirma a ONU.
O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2011, lançado nessa quinta-feira (7) pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, diz que há razões para celebrar, já que grandes sucessos foram alcançados desde que líderes mundiais em 2000 estabeleceram os Objetivos para reduzir a pobreza extrema, a fome, o analfabetismo e as doenças.
“Os ODM já ajudaram a retirar milhões de pessoas da pobreza, a salvar as vidas de inúmeras crianças e a assegurar que elas possam ir à escola”, disse Ban. “Eles reduziram a mortalidade materna, expandiram as oportunidades para mulheres, aumentaram o acesso à água potável e libertaram muitas pessoas de doenças mortais e debilitantes. Ao mesmo tempo, o Relatório mostra que ainda temos um longo caminho a percorrer no empoderamento de mulheres e garotas, na promoção do desenvolvimento sustentável e para proteger os mais vulneráveis dos efeitos devastadores das múltiplas crises, sejam elas conflitos, desastres naturais ou a volatilidade nos preços de alimentos e energia.”
O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2011 destaca sucessos no desenvolvimento, afirmando que muitos se devem ao crescimento econômico contínuo em alguns países em desenvolvimento e aos esforços direcionados em áreas críticas dos ODM, como a saúde. O aumento do financiamento por várias fontes, afirma o documento, aumentou em programas-chave como o do tratamento para pessoas com HIV/AIDS.
“Alcançar os ODMs requer um crescimento econômico equitativo e inclusivo – um crescimento que alcance a todos e que possa permitir que todas as pessoas, especialmente as pobres e marginalizadas, se beneficiem de oportunidades econômicas”, disse o Secretário-Geral. “Entre hoje e 2015, precisamos assegurar que as promessas feitas sejam promessas mantidas. Líderes mundiais devem mostrar não apenas que eles se importam, mas que eles têm a coragem e a convicção para agir.
Dirigir-se para um caminho mais sustentável é essencial para conquistar os ODM, disse Ban. Ecossistemas devem ser protegidos para apoiar o crescimento contínuo e os ambientes naturais. A Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável de junho de 2012, que será realizada no Rio de Janeiro e é frequentemente referida como Rio+20, oferece uma grande oportunidade para os novos progressos.
Progressos significativos citados
• O mundo como um todo ainda está no caminho para alcançar a meta de redução da pobreza e, até 2015, a taxa de pobreza global deve cair para menos de 15% – bem abaixo dos 23% estimados – apesar dos contratempos das recentes crises econômicas, de alimentos e energética.
• Alguns dos países mais pobres fizeram grandes avanços na educação. Por exemplo, Burundi, Madagascar, Ruanda, Samoa, São Tomé e Príncipe, Togo, Tanzânia alcançaram, ou estão próximos, do objetivo da educação primária universal.
• O número de mortes de crianças com menos de cinco anos diminuiu de 12,4 milhões, em 1990, para 8,1 milhões em 2009, o que implica em quase 12 mil mortes de crianças a menos a cada dia.
• Mais financiamento e esforços intensos diminuíram as mortes por malária em 20% em todo o mundo – de quase 985 mil, em 2000, para 781 mil em 2009.
• Novas infecções de HIV diminuíram constantemente. Em 2009, cerca de 2,6 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV – uma queda de 21% desde 2007, quando houve o pico de novas infecções.
• O número de pessoas recebendo terapia antirretroviral para HIV/AIDS aumentou 13 vezes de 2004 a 2009, graças ao aumento de financiamento e à expansão de programas.
• Aproximadamente 1,1 bilhão de pessoas em áreas urbanas e 723 milhões de pessoas em áreas rurais ganharam acesso a melhoresfontes de água potável no período entre 1990 e 2008.
Não alcançando os mais vulneráveis
O progresso, no entanto, tem sido desigual e ainda há muitas pessoas sendo deixadas para trás, observa o Relatório. Apesar dos principais avanços, grandes lacunas permanecem entre e dentro dos países, e os esforços devem ser intensificados.
“O progresso tende a ignorar aqueles que estão nos patamares mais baixos da hierarquia econômica ou são desfavorecidos de alguma maneira por causa de seu gênero, idade, deficiência ou etnia”, disse Ban. “E as disparidades entre as áreas rural e urbana permanecem assustadoras.”
O Relatório mostra que as crianças mais pobres fizeram os progressos mais lentos em termos de melhoria na alimentação e sobrevivência. Em 2009, quase um quarto das crianças no mundo em desenvolvimento estavam abaixo do peso, sendo as crianças mais pobres as mais afetadas. Crianças de famílias pobres nos países em desenvolvimento têm mais do dobro do risco de morrer antes do quinto aniversário do que as crianças nascidas em famílias ricas.
Ser pobre, do sexo feminino ou viver em zonas de conflito aumenta a probabilidade de uma criança ficar fora da escola, afirma o Relatório. Em todo o mundo, entre crianças com idade de escola primária que não estão matriculadas nas escolas, 42% – 28 milhões – vivem em países pobres afetados por conflitos.
Enquanto ressalta que as conquistas dos ODMs dependem amplamente da garantia do empoderamento das mulheres e de oportunidades iguais para homens e mulheres, meninas e meninos, o Relatório também mostra que a conquista desse objetivo continua muito distante. O documento avalia que as oportunidades de emprego pleno e produtivo permanecem particularmente pequenas para mulheres. Seguindo perdas significativas de empregos em 2008-2009, o crescimento no emprego que ocorreu durante a recuperação econômica em 2010, especialmente nos países em desenvolvimento, foi menor para mulheres do que para homens.
Avanços no saneamento, o Relatório aponta que frequentemente não chegam aos pobres e a aqueles vivendo em áreas rurais. Mais de 2,6 bilhões de pessoas ainda carecem de acesso a banheiros ou outras formas de saneamento. E nos lugares onde houve progresso, ele amplamente ignorou os pobres. No sudeste asiático, por exemplo, serviços de saneamento para 40% das famílias pouco aumentou entre 1995 e 2008.
Acordados na Cúpula do Milênio da ONU, em setembro de 2000, os oito ODMs estabeleceram em todo o mundo objetivos para reduzir a pobreza extrema e a fome, melhorando a saúde e a educação, o empoderamento da mulher e assegurando a sustentabilidade ambiental até 2015. Na Cúpula dos ODM, em setembro de 2010, líderes mundiais reafirmaram seus compromissos com os Objetivos e pediram para uma intensificação da ação coletiva e expansão das abordagens bem sucedidas; uma Estratégia Global para a Saúde de Mulheres e Crianças foi lançada e angariou mais de 40 bilhões de dólares em compromissos.
O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é uma avaliação dos progressos regionais na direção dos Objetivos e reflete os dados mais abrangentes, atualizados e reunidos por mais de 25 agências internacionais da ONU. Ele é produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. Um conjunto completo de dados usado para preparar o relatório está disponível em http://mdgs.un.org.
O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2011, lançado nessa quinta-feira (7) pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, diz que há razões para celebrar, já que grandes sucessos foram alcançados desde que líderes mundiais em 2000 estabeleceram os Objetivos para reduzir a pobreza extrema, a fome, o analfabetismo e as doenças.
“Os ODM já ajudaram a retirar milhões de pessoas da pobreza, a salvar as vidas de inúmeras crianças e a assegurar que elas possam ir à escola”, disse Ban. “Eles reduziram a mortalidade materna, expandiram as oportunidades para mulheres, aumentaram o acesso à água potável e libertaram muitas pessoas de doenças mortais e debilitantes. Ao mesmo tempo, o Relatório mostra que ainda temos um longo caminho a percorrer no empoderamento de mulheres e garotas, na promoção do desenvolvimento sustentável e para proteger os mais vulneráveis dos efeitos devastadores das múltiplas crises, sejam elas conflitos, desastres naturais ou a volatilidade nos preços de alimentos e energia.”
O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2011 destaca sucessos no desenvolvimento, afirmando que muitos se devem ao crescimento econômico contínuo em alguns países em desenvolvimento e aos esforços direcionados em áreas críticas dos ODM, como a saúde. O aumento do financiamento por várias fontes, afirma o documento, aumentou em programas-chave como o do tratamento para pessoas com HIV/AIDS.
“Alcançar os ODMs requer um crescimento econômico equitativo e inclusivo – um crescimento que alcance a todos e que possa permitir que todas as pessoas, especialmente as pobres e marginalizadas, se beneficiem de oportunidades econômicas”, disse o Secretário-Geral. “Entre hoje e 2015, precisamos assegurar que as promessas feitas sejam promessas mantidas. Líderes mundiais devem mostrar não apenas que eles se importam, mas que eles têm a coragem e a convicção para agir.
Dirigir-se para um caminho mais sustentável é essencial para conquistar os ODM, disse Ban. Ecossistemas devem ser protegidos para apoiar o crescimento contínuo e os ambientes naturais. A Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável de junho de 2012, que será realizada no Rio de Janeiro e é frequentemente referida como Rio+20, oferece uma grande oportunidade para os novos progressos.
Progressos significativos citados
• O mundo como um todo ainda está no caminho para alcançar a meta de redução da pobreza e, até 2015, a taxa de pobreza global deve cair para menos de 15% – bem abaixo dos 23% estimados – apesar dos contratempos das recentes crises econômicas, de alimentos e energética.
• Alguns dos países mais pobres fizeram grandes avanços na educação. Por exemplo, Burundi, Madagascar, Ruanda, Samoa, São Tomé e Príncipe, Togo, Tanzânia alcançaram, ou estão próximos, do objetivo da educação primária universal.
• O número de mortes de crianças com menos de cinco anos diminuiu de 12,4 milhões, em 1990, para 8,1 milhões em 2009, o que implica em quase 12 mil mortes de crianças a menos a cada dia.
• Mais financiamento e esforços intensos diminuíram as mortes por malária em 20% em todo o mundo – de quase 985 mil, em 2000, para 781 mil em 2009.
• Novas infecções de HIV diminuíram constantemente. Em 2009, cerca de 2,6 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV – uma queda de 21% desde 2007, quando houve o pico de novas infecções.
• O número de pessoas recebendo terapia antirretroviral para HIV/AIDS aumentou 13 vezes de 2004 a 2009, graças ao aumento de financiamento e à expansão de programas.
• Aproximadamente 1,1 bilhão de pessoas em áreas urbanas e 723 milhões de pessoas em áreas rurais ganharam acesso a melhoresfontes de água potável no período entre 1990 e 2008.
Não alcançando os mais vulneráveis
O progresso, no entanto, tem sido desigual e ainda há muitas pessoas sendo deixadas para trás, observa o Relatório. Apesar dos principais avanços, grandes lacunas permanecem entre e dentro dos países, e os esforços devem ser intensificados.
“O progresso tende a ignorar aqueles que estão nos patamares mais baixos da hierarquia econômica ou são desfavorecidos de alguma maneira por causa de seu gênero, idade, deficiência ou etnia”, disse Ban. “E as disparidades entre as áreas rural e urbana permanecem assustadoras.”
O Relatório mostra que as crianças mais pobres fizeram os progressos mais lentos em termos de melhoria na alimentação e sobrevivência. Em 2009, quase um quarto das crianças no mundo em desenvolvimento estavam abaixo do peso, sendo as crianças mais pobres as mais afetadas. Crianças de famílias pobres nos países em desenvolvimento têm mais do dobro do risco de morrer antes do quinto aniversário do que as crianças nascidas em famílias ricas.
Ser pobre, do sexo feminino ou viver em zonas de conflito aumenta a probabilidade de uma criança ficar fora da escola, afirma o Relatório. Em todo o mundo, entre crianças com idade de escola primária que não estão matriculadas nas escolas, 42% – 28 milhões – vivem em países pobres afetados por conflitos.
Enquanto ressalta que as conquistas dos ODMs dependem amplamente da garantia do empoderamento das mulheres e de oportunidades iguais para homens e mulheres, meninas e meninos, o Relatório também mostra que a conquista desse objetivo continua muito distante. O documento avalia que as oportunidades de emprego pleno e produtivo permanecem particularmente pequenas para mulheres. Seguindo perdas significativas de empregos em 2008-2009, o crescimento no emprego que ocorreu durante a recuperação econômica em 2010, especialmente nos países em desenvolvimento, foi menor para mulheres do que para homens.
Avanços no saneamento, o Relatório aponta que frequentemente não chegam aos pobres e a aqueles vivendo em áreas rurais. Mais de 2,6 bilhões de pessoas ainda carecem de acesso a banheiros ou outras formas de saneamento. E nos lugares onde houve progresso, ele amplamente ignorou os pobres. No sudeste asiático, por exemplo, serviços de saneamento para 40% das famílias pouco aumentou entre 1995 e 2008.
Acordados na Cúpula do Milênio da ONU, em setembro de 2000, os oito ODMs estabeleceram em todo o mundo objetivos para reduzir a pobreza extrema e a fome, melhorando a saúde e a educação, o empoderamento da mulher e assegurando a sustentabilidade ambiental até 2015. Na Cúpula dos ODM, em setembro de 2010, líderes mundiais reafirmaram seus compromissos com os Objetivos e pediram para uma intensificação da ação coletiva e expansão das abordagens bem sucedidas; uma Estratégia Global para a Saúde de Mulheres e Crianças foi lançada e angariou mais de 40 bilhões de dólares em compromissos.
O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é uma avaliação dos progressos regionais na direção dos Objetivos e reflete os dados mais abrangentes, atualizados e reunidos por mais de 25 agências internacionais da ONU. Ele é produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. Um conjunto completo de dados usado para preparar o relatório está disponível em http://mdgs.un.org.
Fonte: Pnuma.
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