Alunos terão aulas sobre sustentabilidade

A Secretaria Municipal da Educação começa na semana que vem a implantar o programa Saúde Sustentável na rede pública municipal. Inicialmente, serão atendidas 13 escolas e 5.000 alunos de primeira a quinta séries do ensino fundamental. O projeto, no valor de R$ 6 milhões, será financiado pela Kraft Foods, sendo R$ 4 milhões oriundos da Fundação Kraft e outros R$ 2 milhões de isenção fiscal, com autorização da Lei Rouanet.

A execução do projeto será de responsabilidade a ONG Inmed Brasil e da empresa Evoluir, com duração de três anos. Joyce Capelli, presidente da Inmed, disse que os alunos terão na grade curricular, como disciplinas transversais, aulas sobre nutrição, cultivo de hortaliças, higiene e educação sanitária. Além disso, serão aplicados periodicamente nas crianças exames nutricionais, de fezes e de hemoglobina para monitoramento da saúde. 

Rafael Oliveira, coordenador de projetos da Evoluir, disse que serão colocadas em prática três ações. A primeira é a formação dos professores, para que eles compreendam melhor a educação pelo viés da sustentabilidade e possam, posteriormente, disseminar esses conhecimentos e aplicá-los. A segunda consiste na criação em cada uma das escolas de um cantinho, que se chamará Faça seu Dia Delicioso, onde haverá livros, CDs, instrumentos musicais, fantasias e jogos educativos, para que os professores possam usar durante as aulas.

A terceira ação culminará em uma exposição do projeto no Shopping Piracicaba, em setembro, sobre consumo consciente. “Será construída uma casa sustentável com o tema Uma Casa, Mil Olhares”, contou Ana Lúcia Pilz Borba, coordenadora de projetos da Evoluir.

João Campos, analista de responsabilidade social da Kraft, explicou que a empresa tem em sua política a proposta de investimentos em projetos que envolvam a comunidade local, com foco em nutrição, saúde e bem-estar. “Quando conhecemos esses projetos, percebemos que eles se complementam e se encaixam perfeitamente em nossa missão”, disse. 

Gabriel Ferrato, secretário da Educação, disse que a ideia é criar multiplicadores para que o programa possa se estender por toda a rede. “O interessante é que ele não envolve apenas as crianças, mas também os pais dos alunos. Isso é fundamental para a eficácia da iniciativa. Além do mais, não vai ficar só na teoria. Todos vão colocar a mão na massa. Com isso, a assimilação do conteúdo tende a ser consistente.”

Ferrato observou que as 13 escolas, das 39 existentes, foram selecionadas por critérios socioeconômicos da comunidade ao redor. “São escolas em bairros mais carentes”. Segundo ele, serão treinados inicialmente 60 professores. “A rede vai absorver essa metodologia e depois poderá replicá-la”, concluiu.
Fonte: Tribunatb.