
Passarim é exemplo de obra limpa,
que provocou poucos resíduos
por usar mais tecnologia
O conceito sustentável na arquitetura tem
dimensões práticas e poéticas, para estabelecer uma relação de respeito,
harmonia, convivência e interação de corpo, mente e alma. Assim define o
arquiteto Roberto Moita, que pensa que a relação com o meio ambiente, a
construção e o design não é fria, envolvendo apenas a preocupação com a geração
de carbonos, mas que também deve gerar empatia com a natureza. “É preciso trocar
práticas prosaicas pela consciência de sustentabilidade urbana. A arquitetura
precisa emocionar, além de promover o de materiais ecológicos. É necessário ter
uma relação melhor com a natureza do que simplesmente buscar selos. Hoje, mais
de 90% das pessoas promovem supressão vegetal antes de fazer qualquer obra. Isso
indica necessidade de se refazer os paradigmas de qualidade de moradia”, diz
Moita.
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| Passarim é exemplo de obra limpa, que provocou poucos resíduos por usar mais tecnologia |
O conceito sustentável na arquitetura tem dimensões práticas e poéticas, para estabelecer uma relação de respeito, harmonia, convivência e interação de corpo, mente e alma. Assim define o arquiteto Roberto Moita, que pensa que a relação com o meio ambiente, a construção e o design não é fria, envolvendo apenas a preocupação com a geração de carbonos, mas que também deve gerar empatia com a natureza. “É preciso trocar práticas prosaicas pela consciência de sustentabilidade urbana. A arquitetura precisa emocionar, além de promover o de materiais ecológicos. É necessário ter uma relação melhor com a natureza do que simplesmente buscar selos. Hoje, mais de 90% das pessoas promovem supressão vegetal antes de fazer qualquer obra. Isso indica necessidade de se refazer os paradigmas de qualidade de moradia”, diz Moita.
Para ele, temos o privilégio de morar numa
cidade, uma grande capital, com fragmentos florestais urbanos. “Mas a população
não deseja isso agora. Temos que ativar sua consciência, que é latente, para
colocá-la em prática”.
Para isso, o arquiteto confia na promoção de
campanhas de educação permanentes e constantes, como separar o lixo, não parar
em lugar reservado para deficientes (se não for um), racionalizar a água, entre
outros. O ser sustentável tem muitas dimensões dentro de várias modalidades,
sejam econômicas, ambientais, sociais, de design, moda, entre outras. Na
arquitetura, na busca pelo design limpo, existe a questão climática, do uso do
condicionamento ambiental natural, como ventilação cruzada e sombra.
Uma construção limpa, que gere pouco resíduo e
promova menor desperdício, se faz com industrialização, parafusos e obra fora do
sistema convencional de pedra, reboco e tijolo. Aí entram em cena as paredes
acartonadas, o drywall, leves e acústicas. “Isso confere leveza também no peso.
Uma casa assim pesa a metade de uma construída no sistema convencional. Isso é
um item inicial de sustentabilidade, onde se tem ainda menos matéria-prima
embarcada e imobilizada”. Assim é o sítio Passarim, de propriedade de Roberto
Moita, no Tarumã, construído sobre estrutura metálica (em vermelho), com piso e
forro de madeira, e paredes de drywall.
Ali, a dimensão da paisagem se integra ao sítio e
vice-versa. A arquitetura frondosa convive com o meio. “O telhado toca nas copas
das árvores, gerando a continuação do ambiente sombreado. A sombra gera conforto
e economia, porque reduz a carga térmica na edificação”.
Na obra, o chão é forração natural do solo, as
folhas, que formam uma espécie de carpete. A forração serve de nutriente para o
bosque, desacelera a descida da água da chuva e reduz a erosão no solo.
O Passarim é particular e mostra ser possível
construir de forma limpa, reduzindo resíduos no meio ambiente, diminuindo
impactos e sem ser um conceito fora dos padrões do mercado, ou seja, caríssimo.
É factível, real, desde que se queira.
Exemplos existem, falta
massificar
O arquiteto cita como obras verdes o Parque do
Mindu, cuja construção começou em 1994, o campus da Universidade Federal do
Amazonas (Ufam), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), entre
outras, que apresentam preocupação com a floresta. Os exemplos existem, falta a
massificação do conceito. Com informações Jornal acritica. Redação Natureza Melhor.
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