quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Metas de redução de emissões de CO2 em São Paulo serão anunciadas em abril


Para que a cidade de São Paulo cumpra a
lei estadual de mudanças climáticas será necessário
diminuir 28,6 milhões de toneladas de gases de efeito
 estufa, durante os próximos dez anos.
As metas da lei de mudanças climáticas do Estado de São Paulo será anunciada até o mês de abril, a iniciativa, que é considerada inédita entre os Estados brasileiros, prevê que o Estado de São Paulo reduza em 20% as emissões de gases de efeito estufa até 2020. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas, cada setor econômico – agricultura, transportes, indústria – devem ter suas próprias metas. As informações são do Estadão.
"O Estado de São Paulo já finalizou o inventário de emissões de gases de efeito estufa, lançado no mês passado, e agora estamos conversando com as demais secretarias para definir as metas setoriais", disse Bruno Covas à Agência Estado. Para que a cidade de São Paulo cumpra a lei estadual de mudanças climáticas será necessário diminuir 28,6 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, durante os próximos dez anos.
Através de uma análise realizada pela SMA, juntamente com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), foi constatado que o setor de energia, contando com o uso de combustíveis, é responsável por 57% das emissões paulistanas. Na sequência vem a agricultura, com 20% das emissões, mudanças no uso da terra e desmatamento, com 9%, indústrias e emissões de resíduos, com 8% e 6%, respectivamente.
A publicação foi feita com base em 20 relatórios que mapearam as emissões em cada uma das áreas quantificadas. Fernando Rei, presidente da Cetesb, explicou que o perfil de emissões de São Paulo é diferente do restante do Brasil. No país o maior responsável pelos gases de efeito estufa lançados na atmosfera é o desmatamento, com incríveis 70% das emissões.
Como em São Paulo foi constatado que o setor de transportes é o mais prejudicial, será necessário implantar mudanças no sistema de logística de cargas e de passageiros, conforme explicado por Rei. Se forem analisadas somente as emissões relativas ao transporte, seriam totalizados 39,8 milhões de toneladas de GEE, quantidade superior a toda a meta de redução da cidade até 2020. Segundo Bruno Covas, o setor de transporte deve ser o que sofrerá maiores mudanças "Podemos estimular, por exemplo, o uso de ônibus a hidrogênio e bicicletas."
A legislação paulista foi regulamentada pelo governador de São Paulo, Alberto Goldman, em junho deste ano. A lei prevê o corte de 20% nas emissões de GEE no estado até 2050, em relação a 2005. Outro ponto abordado pela norma é que os pequenos produtores rurais deverão ser pagos para preservarem nascentes de rios presentes em suas propriedades.

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