segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Inmetro e Eletrobras lançam etiqueta de eficiência energética residencial
As primeiras etiquetas de eficiência energética para projetos de habitação brasileiros serão concedidas nesta segunda-feira, dia 29 de novembro, durante a cerimônia de lançamento da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para residências e edifícios multifamiliares, promovida pela Eletrobras e pelo Inmetro, no Hotel Transamérica, em São Paulo. A exemplo da etiqueta para edifícios comerciais, de serviços e públicos e da etiqueta para os eletrodomésticos, a etiqueta para habitações também é concedida dentro do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelas duas instituições.
“A necessidade da redução do consumo de energia nas edificações é um aspecto presente tanto nos projetos de novos edifícios como também na discussão de políticas públicas”, afirma Solange Nogueira, gerente da Divisão de Eficiência Energética em Edificações da Eletrobras/Procel Edifica. No Brasil, a energia elétrica dos edifícios corresponde a cerca de 45% do consumo, sendo que as residências são responsáveis por mais de 22% desse total.
“Com o PBE estamos tratando de um assunto estratégico para o país ao mesmo tempo em que propomos uma mudança de cultura para o mercado imobiliário. Os brasileiros consideram diversos aspectos no momento de decidir pela compra de um imóvel, como localização, espaço, estética, infraestrutura, etc. E, a partir de agora, terão a informação sobre desempenho da edificação quanto à eficiência energética influenciando também na sua decisão de compra. Justamente porque, ao contabilizar o investimento necessário, pesará o fato de as edificações eficientes gastarem menos energia e, em última análise, energia custa dinheiro”, analisa Marcos Borges, coordenador do Programa Brasileiro de Etiquetagem no Inmetro.
A Casa Eficiente da Eletrobras Eletrosul, em Florianópolis (SC), será uma das agraciadas. “A avaliação das edificações residenciais baseia-se, principalmente, em aspectos que apresentam consumo significativo de energia elétrica numa residência, ou seja, o desempenho térmico da envoltória – as fachadas e coberturas –, com ênfase na iluminação e ventilação naturais, e na eficiência do sistema de aquecimento de água”, explica Solange.
O documento que baseia a etiquetagem – Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R) – foi desenvolvido pela Secretaria Técnica de Edificações, coordenada pelo Procel Edifica, da Eletrobras, e pelo Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da UFSC, que conta ainda com a participação de especialistas de diversas universidades brasileiras e representantes de instituições do setor da construção civil.
Desde julho de 2009, quando foi lançada, já foram emitidas 14 etiquetas de eficiência para edifícios comerciais, de serviços e públicos. “A etiquetagem está se tornando cada vez mais conhecida na cadeia produtiva da construção civil, ainda que em estágio voluntário”, avalia Solange. Na ocasião, uma agência da Caixa Econômica Federal em Curitiba (PR) e mais quatro projetos de prédios receberam a etiqueta com nível “A” de economia de energia, depois de avaliados em três níveis de eficiência: envoltória, sistema de iluminação e sistema de condicionamento de ar.
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