Começou nesta semana a Campanha de Lixo Eletrônico. Para marcar o lançamento, um grande apito aconteceu, na última quinta-feira (25) na Santa Ifigênia, às 12h. A Campanha, que conta com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente, Câmara Municipal de São Paulo, Oxigênio e outras empresas privadas, terá duração de 90 dias e funcionará para todas as regiões de São Paulo. A expectativa é arrecadar mais de 20 toneladas de lixo eletrônico.
A meta é arrecadar 20 toneladas de resíduos eletrônicos e dar o destino correto a eles. De acordo com o Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), o Brasil é o país que mais produz lixo eletrônico entre os países em crescimento. Diante deste fato, estudantes promoveram um “apitaço” na última quinta-feira (25) , no principal centro comercial de eletroeletrônicos de São Paulo, na região da Santa Ifigênia. Além da mobilização, foram arrecadados resíduos eletrônicos e distribuídas cartilhas de conscientização para os lojistas.
Todo o lixo arrecadado será destinado para o Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC) da Ocip Oxigênio, em Guarulhos-SP, que é responsável pela recepção, triagem, recondicionamento, empacotamento e entrega de equipamentos de informática. O que não é reaproveitado tem como destino empresas recicladoras parceiras, que fazem o reaproveitamento de 100% do material recebido.
No CRC, o trabalho é realizado por jovens carentes, que ali recebem formação técnica em montagem e recondicionamento de equipamentos usados deixando os computadores prontos para serem usados em Escolas Públicas, bibliotecas, telecentros e ONGs.
A mobilização é uma parceria entre a Oxigênio, a Câmara dos Vereadores de São Paulo/ Gilberto Natalini e o Projeto Meu Brasil, que conta com o apoio da rede de escolas de informática e idiomas Microcamp. As 160 unidades da rede servirão como ponto de coleta.
A ONU estima que no Brasil são descartadas: 96,8 mil toneladas de computadores; 115 mil toneladas de geladeiras; 17,2 mil toneladas de impressoras; 2,2 mil toneladas de celulares (só perde para a China); 0,7 quilo por pessoa, ao ano, de aparelhos de TV (3º no mundo, perdendo apenas para a China e o campeão México).
O descarte de lixo eletrônico em locais não específicos, tem causado um grande problema para a população, pois todo material contém mercúrio, chumbo, cádmio, manganês, níquel e outros metais pesados, que são altamente tóxicos para as pessoas e para o meio ambiente. Ao seguirem para aterros sanitários, essas substâncias tóxicas são liberadas e penetram no solo, contaminando lençóis freáticos e, aos poucos, animais e seres humanos.
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