O asfalto poroso, criado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), é uma ótima alternativa para minimizar os estragos causados pelas enchentes. O pavimento permeável é capaz de absorver a água da chuva e armazená-la em seu interior.
Os estragos causados pelos alagamentos são, em muitos casos, irreversíveis. O problema, que afeta principalmente as grandes cidades, resulta em perdas de bens e até em mortes. Foi pensando em uma solução para esse problema que o professor José Rodolpho Martins, do Departamento de Hidráulica da Universidade de São Paulo, iniciou as pesquisas e o desenvolvimento do asfalto poroso.
A estrutura é dividida em camadas. A primeira delas é a pista, que é composta de pequenas pedras, unidas pelo asfalto. Logo abaixo vem uma camada grossa feita com pedras grandes, que deixam vãos de 25% do espaço da camada, para que a água vinda da superfície seja armazenada.
A Camada Porosa de Asfalto (CPA), como foi chamada, obteve resultados positivos nos testes pelos quais passou e já foi usada com sucesso na pavimentação de um dos estacionamentos da USP. A diferença entre o asfalto poroso e o comum é perceptível, mesmo quando está fora de uso.
O CPA absorve a água da chuva e após algumas horas a encaminha para um sistema de drenagem e depois para as galerias pluviais. O professor José Rodolpho Martins acredita que aos poucos as grandes cidades poderiam investir na troca dos asfaltos comuns pelos porosos, a fim de minimizar os efeitos causados pela chuva. Um dos obstáculos para o seu uso é o custo, que é, atualmente, 25% maior do que a pavimentação comum. Porém, o pesquisador explica que, com a popularização da tecnologia, os custos podem ser reduzidos.
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