sexta-feira, 26 de novembro de 2010

81% dos jovens brasileiros compram sem levar em conta a sustentabilidade

      
    A pesquisa “Juventude, Consumo e Política”, divulgada no início de novembro, mostrou que 81% dos jovens brasileiros nunca se baseiam em critérios sustentáveis ao fazer compras. Mesmo assim, boa parte dos 457 entrevistados acredita que optar por empresas responsáveis pode causar mudanças na sociedade.
O estudo realizado pelo Centro de Altos Estudos, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (CAEPM), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e com o Banco Santander, teve como objetivo verificar a prática do consumo sustentável entre os jovens de 16 a 25 anos. Entre os itens analisados estão: participação e engajamento ambiental e social, nível de informação, instituições consideradas responsáveis por melhores condições de vida, participação política, entre outras coisas.
A conclusão obtida a partir da pesquisa é de que por mais que a juventude brasileira acredite que os ideais de sustentabilidade possam causar mudanças na sociedade, poucas pessoas usam o poder de compra para que as empresas sintam a necessidade de ter práticas sustentáveis.
Um dos motivos causadores dessa falta de preocupação no momento da compra é a diferença nos valores dos produtos fabricados por empresas que seguem padrões ambientalmente corretos, em relação aos outros que não seguem normas sustentáveis. Essa foi a razão apontada por 45% dos entrevistados. Outros 39% dos jovens relacionaram também a dificuldade em obter informações acerca do serviço ou do processo de fabricação do produto, para que a partir daí seja possível julgar e fazer uma escolha mais consciente.
A diretora da pesquisa, Lívia Barbosa, informou que “os dados da pesquisa confirmam o que já ocorre na sociedade brasileira como um todo, ou seja, há uma disposição considerável em praticar boas ações. As pessoas, incluindo os jovens que foram pesquisados, sabem claramente o que é certo e o que é errado, entretanto há uma certa dificuldade na hora de praticar a ação concreta em benefício do bem”.
Mesmo que os resultados da pesquisa não pareçam tão animadores, eles foram encarados de forma positiva, como uma amostra de que é possível ter boas perspectivas para o futuro a partir desses números atuais.

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