quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Brasil discute propostas na ONU de universalizar serviços de energia a partir de fontes renováveis


O presidente da Eletrobras, José da Costa
 Carvalho Neto, e o diretor-geral brasileiro
da Itaipu Binacional Jorge Samek.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, participam no dia 20 de setembro (terça-feira), em Nova York, do Fórum do Setor Privado 2011, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Pacto Global. O fórum é presidido pelo secretário-geral Ban Ki-Moon e deve reunir mais de 300 lideranças do setor elétrico mundial, entre representantes de governos e empresários.


O objetivo é formular estratégias visando a universalização dos serviços de eletricidade, aliada ao aumento da participação de fontes renováveis de energia na matriz energética mundial. Nesta segunda-feira (19), foram realizadas duas reunião preparatórias – com o grupo técnico e com o grupo de alto nível (presidentes de empresas, ministros e outras autoridades) – para começar o detalhamento das propostas.


Rio+20-A formulação das estratégias também faz parte de uma série de encontros preparatórios para a Conferência Rio+20, que a ONU irá promover no Rio de Janeiro em junho de 2012. O objetivo da ONU é, até 2030, assegurar acesso universal a serviços de energia modernos; melhorar a eficiência da energia global em 40% e aumentar a participação de fontes renováveis na matriz mundial para 30% (a média dos países da OCDE é de apenas 6%).


Carvalho Neto colocou à disposição da ONU a experiência brasileira com energia limpa e com a universalização dos serviços de eletricidade. O Brasil se destaca nesse contexto pela forte participação de fontes renováveis, que é de quase 50% quando considerados os combustíveis e os serviços de eletricidade e de cerca de 80% quando considerada apenas a produção de energia elétrica.


Esse balanço continuará sendo favorável para o País, que tem a necessidade de acrescentar 7 mil MW ao ano ao seu parque gerador até 2020 para fazer frente ao crescimento populacional estimado para o período. “E isso mantendo a hidreletricidade como espinha dorsal do sistema e com a participação crescente de outras fontes renováveis, especialmente a eólica e a biomassa”, afirmou Carvalho Neto.


Luz para Todos-Com o programa Luz para Todos, criado pelo governo federal em 2003, o País ampliou a oferta dos serviços de eletricidade para 13,9 milhões de brasileiros (até junho de 2011). No último mês de julho, a presidenta Dilma Rousseff prorrogou a execução do programa para até 2014. Porém, a inciativa, antes voltada para a eletrificação de áreas rurais, agora vai focar populações que estão isoladas do setor elétrico brasileiro, como quilombolas, comunidades indígenas, assentamentos, entre outras.


“É importante também destacar o papel da hidreletricidade como promotora do desenvolvimento sustentável”, acrescentou Jorge Samek, que apresentou na reunião preparatória o programa Cultivando Água Boa (CAB), um conjunto de diversos projetos socioambientais voltados às comunidades do entorno do reservatório da usina.


Fonte: Fator.

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