quinta-feira, 31 de março de 2011

Brasil é 6º em energias limpa


Relatório publicado por ONG americana diz que País recebeu


 US$ 7,6 bilhões em fontes renováveis em 2010



O Brasil subiu uma posição no ranking dos países que fizeram investimentos em energias limpas no ano passado. O relatório Who"s Winning the Clean Energy Race? (Quem está vencendo a corrida pela energia limpa?), publicado ontem (30) pela ONG norte-americana Pew Charitable Trusts, coloca o Brasil na 6ª colocação mundial do setor.  
Dos investimentos recebidos pelo Brasil – de US$ 7,6 bilhões, com geração de cerca de 14 GW em renováveis – 40% foram destinados para os biocombustíveis, 31% para energia eólica e 28% para outras fontes. Ao todo, no mundo, o crescimento do segmento foi de 30%, com recursos de US$ 243 bilhões (diga-se, um recorde histórico, mesmo depois de um 2009 turbulento em virtude da crise financeira mundial).  
No ranking dos países que mais receberam recursos, a China continua a se destacar. Recebeu cerca de um quinto de todo o dinheiro encaminhado para fontes renováveis (US$ 54,4 bilhões). A decepção foi os Estados Unidos, que apesar de toda a retórica do presidente Barack Obama, acabou caindo uma posição em relação ao ano anterior e ficou em terceiro, atrás da Alemanha. Para o relatório, o crescimento alemão e chinês é baseado em políticas públicas de incentivo e de metas, fatores ainda ausentes nos EUA.  
Alguns também criticam o desenvolvimento chinês, alegando que ele é baseado na exploração da mão de obra. A ex-governadora do Michigan e conselheira do Pew, Jennifer Granholm, afirma que não é questão de custos e sim de políticas. “Esta teoria de que a China só cresce devido à mão de obra barata não se aplica às energias limpas, que tem sua expansão como uma consequência das políticas de metas”, explicou.  

Segundo o documento da Pew Charitable Trusts, 90% de todos os investimentos foram para países do G20. A União Européia, se for considerada como um único destino, ficaria em primeiro lugar com US$ 94 bilhões, sendo a Alemanha e a Itália os grandes destaques, com US$ 41,2 bilhões e US$ 13,9 bilhões, respectivamente.  
O relatório foi produzido com base em dados de 2010, que ainda não leva em conta os efeitos da recente crise nuclear. Por isso, é bem provável que o recorde histórico nos investimentos em energias limpas alcançado no ano passado seja ultrapassado com facilidade em 2011. Informações EPTV.

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